27 das 33 regiões administrativas do DF apresentam casos confirmados de Monkeypox

Por: Comunicação SDS

O cenário exige ações de controle e prevenção à doença – popularmente conhecida como varíola dos macacos. A implementação de Salas de Situação na RIDE pode ser uma alternativa.

O Distrito Federal apresenta 197 casos de Monkeypox – popularmente conhecida como varíola dos macacos. São 189 casos confirmados laboratorialmente e 8 casos prováveis. O DF também investiga outros 147 casos suspeitos. Segundo os dados da Secretaria Estadual de Saúde, a maioria dos casos foi registrada nas regiões administrativas (RA’s) da região Sudoeste do DF. 

Até o momento, são 39 casos confirmados só no Plano Piloto. A região Águas Claras possui 27 casos confirmados, seguida de Samambaia com  17 e Ceilândia com 15. Outras RA’s, como as da região Central-Sul do DF, também confirmaram casos de Mokeypox. O Guará, por exemplo, confirmou 14 casos. Até o dia 29 de agosto, segundo a Secretaria de Saúde, 27 das 33 regiões administrativas do DF apresentam confirmados de Monkeypox. 

O Leste do DF, composto por Paranoá, Itapoã, Jardim Botânico e São Sebastião e Itapoã, possui o menor número de casos. Nestes dois últimos, foram registrados 1 caso em cada. Até o momento, as únicas Regiões Administrativas em que não foram confirmados casos são: Lago Sul, SIA, Fercal, Paranoá, Brazlândia e Arniqueira. Ainda assim, dezenas de casos são investigados nessas RA’s. 

O primeiro caso de Monkeypox foi confirmado no Distrito Federal em julho deste ano. No DF, a Monkeypox tem atingido adultos com idade de 30 a 39 anos, sendo 189 homens e 8 mulheres. 

Monkeypox na RIDE

O fato de Águas Claras apresentar mais casos que RA’s muito mais populosas chama atenção para a necessidade de adoção de medidas de prevenção no local. Na Região Integrada de Desenvolvimento do DF não é diferente. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde  (SES – GO), Goiás registrou, em Luziânia, o 1º caso de Monkeypox em crianças no último dia 16. Outras regiões da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE), como Cidade Ocidental, Águas Lindas e Valparaíso de Goiás, também confirmaram casos recentemente. Com 160 casos confirmados, Goiás atingiu situação de emergência em saúde pública. 

A situação do DF e de Goiás afeta a RIDE, sobretudo porque essa região é caracterizada por ser uma “periferia metropolitana”, como é chamada na última Pesquisa Metropolitana por Amostragem de Domicílios (PMAD) publicada pela Codeplan. A pesquisa também mostra que 89% da população dessa região não possui plano de saúde particular e utiliza os serviços de saúde locais e/ou do DF. 

Em Cidade Ocidental, por exemplo, há um único hospital municipal, além de Unidades Básicas de Saúde (UBS). Karoline de Moraes, moradora do local há 11 anos, cita que quando os casos são mais complexos, os atendimentos são realizados em outras localidades como Goiânia (GO) e Santa Maria (DF). Amanda Ribeiro, moradora de Planaltina, comenta que se sente insegura em relação ao aumento de casos de Monkeypox, já que fica à mercê do aumento de casos do DF e de Goiás ao mesmo tempo na região em que mora. 

Cenário Nacional

Em pouco mais de dois meses, o  Brasil tornou-se o 3º país mais afetado pela Monkeypox, segundo Our World in Data. De acordo com o Ministério da Saúde, são mais de 4 mil casos confirmados no Brasil. Os sintomas mais comuns no Brasil tem sido febre, seguido de adenomegalia e dores (muscular e cefaléia). É importante destacar que os macacos não são reservatórios do vírus da varíola. Isto é, os animais são tão contaminados quanto os humanos, não sendo os responsáveis pelo vírus.

Rastreamento de Casos 

O cenário de Monkeypox no DF e RIDE reafirmam a importância do rastreamento de casos. O propósito do rastreamento de contatos é permitir a detecção precoce de casos entre indivíduos que foram expostos à doenças, como a Monkeypox, e ajudar no controle da transmissão. 

Todos os profissionais e serviços de saúde, públicos e privados, civis e militares, em todos os níveis de atenção devem estar atentos para detectar e notificar imediatamente os pacientes que se enquadram nas definições de caso de Monkeypox. Para isso, uma estratégia que pode ser utilizada é a implementação de Salas de Situação para o acompanhamento do cenário de saúde.

Implementação de Salas de Situação no enfrentamento à Monkeypox 

Idealizado pela SDS, o projeto Fortalecimento das Salas de Situação de Saúde tem como objetivo apoiar a estruturação das Salas de Situação de Saúde dos 33 municípios que compõem a Região Integrada de Desenvolvimento (RIDE) do Distrito Federal. O Epi-Ride busca melhorar a capacidade de monitoramento, a gestão de crises e proporcionar respostas mais efetivas às demandas de saúde da população. Para isso, a Sala de Situação de Saúde fornece informações e orientações qualificadas. São tutoriais, vídeo-aulas, ferramentas e apoio capazes de subsidiar o processo de planejamento, monitoramento e avaliação das ações em saúde desses municípios. 

O projeto é um segmento do projeto Epi-Ride – Tils, da Associação Brasileira de Profissionais de Epidemiologia de Campo (ProEpi), e visa dar prosseguimento às ações que estavam em desenvolvimento. Nesse sentido, é uma continuidade no combate aos problemas das Secretarias de Saúde.

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