SDS/UnB no combate ao novo coronavírus

Em um ano de pandemia, equipe da Sala segue com produção de materiais e ferramentas de apoio e no auxílio a municípios para o enfrentamento da doença no país

Texto: Fernanda Angelo e Mariana Ferreira Lopes 

No final de fevereiro de 2020, foi registrado o primeiro caso do novo coronavírus no Brasil. Mas, antes mesmo desse registro, a Sala de Situação da Universidade de Brasília já estava com a primeira versão do plano de contingência pronta para o enfrentamento da doença dentro da UnB. Desde então, muito trabalho foi realizado como, por exemplo, a criação de um projeto de apoio a municípios na resposta à covid-19. 

A SDS/UnB já estava acompanhando os casos na China desde janeiro de 2020 e logo os especialistas se mobilizaram em relação à emergência. “Estava em produção um plano de contingência voltado ao sarampo, que foi utilizado como base na construção de um específico para o coronavírus”, conta a coordenadora técnica da SDS/UnB, Marcela Lopes. Segundo a epidemiologista, isso foi possível pois as duas doenças são transmissíveis e muitas atividades previstas no plano puderam ser adaptadas de uma para a outra. 

O plano de contingência tem como objetivo preparar a resposta para o controle da doença. Vale destacar que para cada cenário operacional dentro de uma instituição, ele precisa ser ajustado, pois conta com a descrição de cargos e pessoas envolvidas, além do detalhamento das atividades de rotina, o que varia para cada entidade. “O plano de contingência feito pela Sala foi direcionado à UnB, porém pode ser utilizado como base para o enfrentamento à covid-19 em outras instituições”, pontua Marcela. 

Com o enfrentamento à pandemia, novas atividades foram desenvolvidas pelos colaboradores da SDS/UnB. A exemplo disso, pode-se citar o projeto de apoio a municípios na resposta à covid-19. De acordo com a coordenadora técnica da Sala, ele surgiu durante a pandemia e tem como objetivo o uso dos conhecimentos científicos para o enfrentamento da doença em nível local. Somente por meio desse projeto, a equipe da Sala já produziu mais de mil mapas para análises; diversas ferramentas, como a calculadora epidemiológica (saiba mais aqui); guias e manuais. “Os trabalhos ainda continuam e pretendemos atingir ainda mais locais no controle da pandemia”, enfatiza a epidemiologista. 

Apoio aos municípios

A experiência exitosa de apoio aos municípios empreendida pela Sala impulsionou a construção de um projeto de preparação e resposta a emergências em saúde pública apoiado pela Skoll Foundation e liderado pela Associação Brasileira de Profissionais de Epidemiologia de Campo, a ProEpi. A parceria com a SDS/UnB tem por objetivo o apoio técnico para o fortalecimento da inteligência local e para uso de tecnologias sustentáveis por equipes de saúde pública no enfrentamento à pandemia. 

A meta da rede para Tecnologia e Inteligência Local, a rede TiLS Covid-19, é fortalecer estruturas de resposta coordenada à covid-19 em 100 municípios do Brasil e da América Latina a partir do desenvolvimento de capacidades de profissionais de saúde e gestores locais (saiba mais aqui). 

Destaques

Para se ter uma ideia do material que vem sendo produzido pela SDS com foco na resposta à pandemia, a coordenadora técnica destaca alguns. Marcela afirma que os colaboradores da Sala trabalham na construção de modelos e guias que auxiliem os municípios na construção dos seus planos de contingência específicos. “Existem modelos de plano de contingência, por exemplo, que possibilitam a construção de planos específicos para determinadas situações e instituições. Criamos também treinamentos para elaboração de painéis interativos, onde os municípios podem criar e alimentar de forma independente”, afirma. 

Outra produção são as formações e pílulas de conhecimento sobre temas relacionados à vigilância em saúde e inteligência epidemiológica realizadas pelos colaboradores da SDS e parceiros, que estão disponíveis no canal da Sala. Uma delas, em parceria com a ProEpi e o projeto HOPE, teve por objetivo o desenvolvimento de capacidades de profissionais de saúde voltadas ao enfrentamento da pandemia de covid-19. As aulas foram divididas em 4 módulos semanais, sendo eles: vigilância, comunicação de risco, prevenção e controle de infecções e assistência ao paciente (saiba mais aqui)

Também em parceria com a ProEpi, Associação Brasileira de Profissionais de Epidemiologia de Campo, a SDS/UnB adaptou o aplicativo Guardiões da Saúde para seu uso na vigilância participativa voltada à covid-19. Em março, a ferramenta contabilizou mais de 26 mil cadastros, sendo mais da metade membros da comunidade acadêmica da UnB, onde vem sendo utilizado como parte da estratégia de resposta à pandemia na instituição. O foco agora vem sendo a atualização da funcionalidade de vigilância ativa institucional dentro da Universidade de Brasília.  

 

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