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Estudante adapta ferramenta para avaliação das capacidades básicas de Portos, Aeroportos e Fronteiras Brasileiras 

Projeto é uma parceria entre o estudante de Saúde Coletiva, José Lucas Pinho da Fonseca, com supervisão da SDS e colaboração da Agência Nacional de Vigilância Sanitária

Por: Pedro Ícaro com colaboração de Mariana Ferreira Lopes | Comunicação SDS

O estudante de graduação em Saúde Coletiva, José Lucas Pinho da Fonseca, com supervisão e apoio do epidemiologista e coordenador da Sala de Situação em Saúde da UnB, Jonas Brant, produziu um método de adaptação da ferramenta Joint External Evaluation (JEE) para a avaliação das capacidades básicas de Portos, Aeroportos e Fronteiras brasileiras, definidas pelo Regulamento Sanitário Internacional (RSI). O projeto também conta com a colaboração de técnicos da Anvisa. 

“O ponto de entrada é separado em dois tipos de capacidades, capacidade de rotina, a qual os pontos de entrada precisam desenvolver no dia a dia, e a capacidade durante emergência de saúde pública, que precisa ser desenvolvida enquanto ocorrer alguma urgência, como a Covid. Essas capacidades estão relacionadas ao plano de contingência do aeroporto, por exemplo, se possui profissionais habilitados etc”, explica o estudante José Lucas. 

Dentro desses segmentos foram criadas categorias específicas para que estejam de acordo com o RSI. Dessa forma, uma matriz de classificação foi criada e a escala varia de 1 a 5 conforme a complexidade, sendo um para menor nível de complexidade e cinco maior nível. A pesquisa está em processo de aplicação e validação em três aeroportos internacionais brasileiros. 

“O trabalho que ele vem desenvolvendo, juntamente com a colaboração da Anvisa, é verificar se a ferramenta funciona, se é adequada para o uso dos portos e aeroportos para que a Anvisa possa considerar no futuro a aplicação dessa ferramenta de maneira rotineira e que com isso a gente possa melhorar os nossos pontos de entrada no Brasil”, diz o epidemiologista e coordenador da SDS, Jonas Brant. 

Como a avaliação é realizada

A avaliação geralmente é feita no JEE e a ferramenta proposta por José Lucas é um pouco mais específica e objetiva, visto que a Joint External Evaluation é de âmbito internacional. O estudante adaptou a ferramenta visando ao ponto de entrada e, assim, é possível avaliar cada aeroporto de acordo com suas particularidades, assim como, avaliar e classificar o desenvolvimento das capacidades básicas exigidas pelo RSI naquele ponto de entrada específico. 

“O projeto pode auxiliar no desenvolvimento de um planejamento que busque ações que fortaleça os pontos críticos encontrados através do instrumento, além de proporcionar o monitoramento de forma periódica do desenvolvimento dessas capacidades”, explica José Lucas sobre seu trabalho. 

Trabalho de Conclusão de Curso

José Lucas finalizou o projeto como parte do seu Trabalho de Conclusão de Curso, defendido na última terça-feira, 10, sob orientação de Marcela Santos, coordenadora técnica da SDS. A Sala de Situação teve um papel fundamental em todo o desenvolvimento da pesquisa. Nas reuniões da Sala em que participei também era direcionado na construção do processo”, afirmou o estudante. 

José Lucas Pinho durante a apresentação de seu TCC, que aconteceu na terça-feira, 10, com participação de Jonas Brant (SDS), Júlio Colpo (Anvisa) e orientação de Marcela Santos (SDS)

A pesquisa foi bastante elogiada pela banca, que contou com a participação de Júlio César Colpo da Silveira, Especialista em Regulação e Vigilância Sanitária na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na área de Portos, Aeroportos e Fronteiras (PAF). O epidemiologista lembra que a proposta do trabalho veio de uma demanda da própria Agência, quando o José Lucas era estagiário e foi colocada, então, a necessidade de atualização da ferramenta de avaliação. 

Colpo também reforça a importância do estudo para a Anvisa. “É uma ferramenta útil no campo da saúde pública e eu fico muito grato da Universidade ter permitido que se trabalhasse nesse sentido, pois isso é uma entrega para o serviço. Então é a academia trabalhando com o serviço. Isso é muito importante na saúde pública, nós temos que trabalhar desta forma mais integrada”. 

Jonas Brant e Marcela Santos, que acompanharam o processo de realização do projeto, ressaltam o percurso acadêmico e o comprometimento do estudante e reforçam a importância do trabalho, especialmente no momento atual de discussão em torno da atualização do RSI. “Lucas obteve um crescimento bastante acentuado em seu desempenho nos últimos semestres. Ele vem trabalhando a temática há alguns anos e seu trabalho final não poderia ter outro desfecho, aprovação com louvor. Seu trabalho foi recomendado para ser base da construção de um artigo científico, bem como explorá-lo com maiores aprofundamentos em uma futura dissertação de mestrado”, completa a orientadora.

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