Momento é de cautela e atenção para medidas de biossegurança
Texto: Fernanda Angelo
Imagem: Mohamed Hassan por Pixbay
Devido ao alto nível de infecções pelo coronavírus, este ano, as festas carnavalescas foram canceladas em várias capitais do país, como Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro. Mesmo assim, as aglomerações que ocorreram com as comemorações no fim de 2020, o que gerou considerável aumento no número de casos pelo coronavírus, continuam a preocupar os especialistas também nesta época do ano. Epidemiologistas da Sala de Situação da Universidade de Brasília (SDS/UnB) alertam para que os brasileiros respeitem as medidas de biossegurança, mesmo com os imunizantes.
De acordo com o epidemiologista e vice-coordenador da SDS/UnB, Mauro Sanchez, com a proximidade do carnaval, é importante lembrar que o início da vacinação não é passe livre e nem motivo para o relaxamento das medidas de prevenção. Segundo ele, os grupos vacinados, até agora, são os mais vulneráveis e prioritários, para que o serviço de saúde consiga atender as pessoas que precisam. Isto inclui proteger a força de trabalho que está na linha de frente da resposta à pandemia.
“Neste primeiro momento da vacinação, a tentativa é diminuir o número de pessoas que adoecerá e pode evoluir para um quadro mais grave, como os idosos, para proteger a capacidade do sistema de saúde. Mas para a população em geral, nada mudou ainda. Se nada mudou ainda, não é hora de aglomerar”, alerta o epidemiologista.
As medidas de biossegurança continuam as mesmas: uso de máscaras, distanciamento social, boa ventilação dos ambientes, higiene das mãos com sabão ou álcool 70% INPM, além de não tocar o rosto com as mãos sem higienizá-las antes. Mauro Sanchez espera que a cobertura vacinal da população aumente para que se chegue a um nível que, de fato, a população possa viver o que se tem chamado de “nova normalidade”.
Até lá, é importante ter consciência que não se pode deixar de lado as medidas já conhecidas e que funcionam para evitar a proliferação do vírus e o contágio entre as pessoas. “Não se descuidem que ainda não é o momento. Em breve a gente poderá voltar a estar mais próximo, com a família e amigos, e ter o contato físico que todos sentem falta”, finaliza o epidemiologista.