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OPAS atualiza Estratégias de Vigilância e Controle dos Vetores da Febre Amarela

A febre amarela permanece como uma ameaça significativa à saúde pública nas Américas, com um aumento expressivo de casos registrados em 2025. Até 25 de maio deste ano, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) confirmou 235 casos humanos em cinco países da região, incluindo 96 mortes, o que representa uma taxa de letalidade de 41%. Embora parte desse crescimento esteja relacionado à reativação natural do ciclo silvestre na Bacia Amazônica, especialistas demonstram preocupação com a expansão da área geográfica afetada, maior do que a observada em anos anteriores, o que aponta para um risco ampliado de transmissão.

Diante desse cenário, a OPAS emitiu novos alertas epidemiológicos e reforçou o pedido para que os países intensifiquem a vigilância em áreas enzoóticas, ampliem a vacinação das populações mais vulneráveis e adotem medidas eficazes para garantir que viajantes com destino a regiões com recomendação de imunização estejam protegidos. A febre amarela, causada pelo vírus YFV, é transmitida pela picada de mosquitos infectados e apresenta dois ciclos epidemiológicos distintos. No ciclo silvestre, a transmissão ocorre entre primatas não humanos e mosquitos que vivem em áreas de floresta, principalmente dos gêneros Haemagogus e Sabethes, infectando seres humanos que se aproximam desses ambientes. No ciclo urbano, o vírus circula exclusivamente entre humanos por meio do Aedes aegypti, mosquito doméstico que também é responsável pela transmissão de outras arboviroses.

Apesar de a febre amarela urbana ter sido eliminada nas Américas há cerca de oito décadas, os surtos recorrentes da forma silvestre mantêm viva a ameaça de reurbanização. O avanço desordenado das cidades, frequentemente acompanhado por altos índices de infestação de Aedes aegypti e pela proximidade de áreas florestadas, parques e reservas biológicas, cria condições favoráveis para que o vírus alcance regiões densamente povoadas, especialmente onde a cobertura vacinal é insuficiente. Esses fatores, associados ao deslocamento constante de pessoas entre áreas urbanas e regiões de risco, aumentam a vulnerabilidade à introdução e à disseminação do vírus.

Embora a vacinação seja considerada a principal medida de prevenção, a OPAS enfatiza que a vigilância entomológica desempenha um papel essencial no enfrentamento da doença. A identificação dos vetores, o acompanhamento da densidade populacional dos mosquitos e o monitoramento de áreas com potencial de transmissão são ações fundamentais para detectar precocemente a circulação viral e orientar a tomada de decisões. O novo documento publicado pela Organização detalha diferentes cenários de risco e apresenta recomendações adaptadas a realidades urbanas, rurais, periurbanas e silvestres, destacando a necessidade de integração entre vigilância epidemiológica, entomológica e iniciativas de controle de vetores.

A OPAS também ressalta a importância da comunicação com a população, reforçando a necessidade de informar sobre os riscos, estimular comportamentos preventivos e incentivar que todos mantenham a vacinação em dia. Em um contexto de expansão de casos e maior circulação viral, a informação qualificada, associada a estratégias de prevenção bem estruturadas, se torna essencial para evitar novos surtos e impedir que a febre amarela volte a se estabelecer em áreas urbanas das Américas.


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